Depois de todo o esforço físico e emocional associado à realização de um tratamento para engravidar, quando corre mal, pode ser devastador. No entanto, tal como nas gravidezes de conceção natural - é normal a ocorrência de perdas de embriões, numa fase inicial da gravidez.
Na maior parte das vezes estes abortos precoces são interpretados pelos casais como um “atraso” na menstruação e não levantam preocupações especiais. Nestes casos, as mulheres nem sequer sabem que chegaram a estar grávidas. No entanto, no tratamento para engravidar os casais estão especialmente atentos e têm a consciência de todos os passos do processo. Nestas situações, recomenda-se que os casais esperem algum tempo para recuperar física e emocionalmente do sucedido.
Quando se voltarem a sentir preparados deverão reunir-se com o seu médico, para tentar perceber o que é que falhou. Deve ainda ser considerada a hipótese de realização de um novo ciclo. Este poderá ou não ser feito segundo o mesmo método do primeiro.
Na maior parte das vezes as falhas nos tratamentos de PMA são devidas a:
O tratamento pode ter que ser cancelado por má resposta do ovário;
O embrião não se consegue implantar adequadamente no útero;
Infelizmente, a espécie humana não é tão fértil como outras espécies, mesmo quando não existe qualquer problema de fertilidade. Um casal saudável e com idade inferior a 30 anos apenas tem uma percentagem de sucesso de 20% a 30% na concepção natural.
Nos tratamentos de PMA estamos já bastante acima destes valores, numa parte significativa dos casais. No entanto, nem sempre é possível vencer a natureza. A verdade é que na área da reprodução as estatísticas não estão do nosso lado!
É o lado ingrato dos tratamentos de PMA, pois muitas vezes não existe uma explicação óbvia para falhas de tratamento. Ainda assim, a verdade é que a maioria dos casais acaba por conseguir, mesmo falhando a primeira tentativa.
Há que tomar decisões conscientes e assentes em avaliações clínicas de excelência. Só assim se optimizam as probabilidades de sucesso de cada caso individualmente. É isso que defendemos e procuramos praticar na Ferticentro, lutando sempre por cada caso e por cada casal!
As principais são:
Os ovários não respondem aos medicamentos utilizados para estimular a produção de ovócitos;
Os ovários respondem de forma excessiva aos medicamentos utilizados para estimular a produção de ovócitos. Nestes casos pode ser necessário cancelar o ciclo;
Não se encontraram ovócitos durante a punção ovárica (isto é, os folículos desenvolveram-se, mas não continham ovócitos);
Não foi possível fecundar os ovócitos recolhidos, pelo que não há embriões para serem transferidos para o útero;
Depois de fecundados, os ovócitos não se dividiram e por isso não podem ser implantados no útero.
Embora muitas vezes não exista uma explicação óbvia, as falhas no desenvolvimento de embriões ocorrem devido a:
Má qualidade dos embriões. O próprio ovócito poderia não estar suficientemente amadurecido, ou então este não se dividiu da forma ideal após a fecundação;
Problemas ao nível dos cromossomas. Muitos embriões aparentemente saudáveis não têm cromossomas normais, pelo que acabam por degenerar;
Problemas relacionados com a irrigação sanguínea do útero. Mesmo quando não há qualquer problema com os embriões, se a irrigação do útero não for adequada, a probabilidade de se engravidar é menor e o risco de aborto espontâneo aumenta.