Foi em 1978 que nasceu a primeira criança através de um tratamento FIV, em Inglaterra.
Foi em 1978 que nasceu a primeira criança através de um tratamento FIV, em Inglaterra.
Em Portugal, a primeira criança resultante desta técnica nasceu em 1986, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Actualmente, realizam-se centenas de milhares de ciclos de FIV em todo o mundo. Trata-se de um procedimento seguro e com uma excelente percentagem de sucesso.
A Procriação Medicamente Assistida está em constante evolução, de acordo com os avanços científicos e médicos.
Na FIV, os ovócitos são recolhidos a partir dos ovários e fecundados com espermatozóides em meio laboratorial. Uma vez obtidos, os embriões são transferidos para o útero da mulher, para que se implantem e deem origem a uma gravidez.
A FIV é indicada principalmente em casos de infertilidade inexplicada, ou de obstrução ou ausência de trompas. Nos casos de fator masculino ou de idade avançada da mulher (mais de 35 anos), poderá ser aconselhada a ICSI.
1. Controlo e estimulação dos ovários
Após a primeira consulta, e de acordo com as indicações médicas, a mulher inicia o tratamento para indução da ovulação. Estes medicamentos, administrados por via injectável, vão estimular os ovários a produzir mais folículos que o habitual.
Normalmente, em cada ciclo menstrual liberta-se apenas um óvulo. Para a FIV, é desejável obter-se vários óvulos maduros. Através da realização periódica de ecografias e análises ao sangue, a equipa médica vai controlando o desenvolvimento dos folículos.
Assim que se verifique que os folículos já estão suficientemente desenvolvidos, é administrada uma injeção de hCG. Esta hormona tem como função provocar a libertação dos ovócitos.
Nesta fase, o tempo tem um papel fundamental: a punção (recolha dos ovócitos a partir dos ovários) deverá ser realizada 35 a 36 horas após a administração da hCG. É muito importante que sejam respeitadas as horas indicadas pelo ginecologista para administração das várias injeções. De outra forma, todo o processo de tratamento poderá ser posto em causa.
Na Ferticentro temos especial cuidado com esta fase do processo. A Ferticentro acompanha as pacientes durante 24 horas. É importante garantir que todas as dúvidas sejam esclarecidas e os medicamentos administrados corretamente.
2. Punção
A punção é a operação de recolha dos ovócitos feita com controlo ecográfico e sob sedação. Consiste na introdução de uma agulha muito fina na vagina, que irá permitir a recolha de ovócitos a partir de cada um dos ovários. Esta operação dura cerca de 15 minutos. A partir daí começa a aplicar progesterona, de forma a preparar o endométrio para que a implantação dos embriões possa ser bem-sucedida.
No mesmo dia da punção é feita a recolha de esperma, de forma a que seja utilizado no tratamento de fertilidade. Caso o parceiro masculino não possa estar presente no dia da punção, o esperma poderá ser criopreservado previamente. Depois de obtido o esperma é centrifugado a alta velocidade e sujeito a uma série de processos laboratoriais. Posto isto são seleccionados os espermatozóides mais fortes e com melhor capacidade de fecundação.
Após a punção os ovócitos são transferidos para meios de cultura no laboratório. Os espermatozóides são colocados em contacto com os óvulos. Só no dia seguinte se verifica quantos foram fecundados.
Quanto maior for o número de óvulos e melhor qualidade do esperma, maiores serão as possibilidades de se obterem embriões. A FIV garante menores taxas de fecundação, uma vez que o espermatozóide não é introduzido directamente no óvulo (como acontece na ICSI).
3. Transferência de embriões
No dia da transferência seleccionam-se os melhores embriões e procede-se à transferência de um ou dois. Apesar de, por lei, possam transferir, no máximo dois embriões, esta é sempre uma decisão clínica. Cada caso terá de ser avaliado individualmente.
Os embriões são transferidos para o interior do útero, não sendo necessária anestesia. É recomendável que, após a transferência de embriões, a mulher evite esforços físicos e repouse durante, pelo menos, 3 dias.
4. Criopreservação de embriões
Os embriões excedentários podem ser congelados e utilizados num outro ciclo. Podem ainda ser doados para investigação científica, podem ser doados ou podem ser destruídos. Cabe à(s) pessoa(s) beneficiária(s) do tratamento de PMA a decisão sobre o seu destino, desde que respeitadas as condições previstas na lei.
Para saber mais sobre os custos do tratamento, envie-nos um formulário de contacto ou consulte a nossa tabela de preços.
Tal como qualquer outro tratamento médico, a FIV pode provocar reacções adversas. As reacções adversas aos medicamentos utilizados nos ciclos de FIV não são muito habituais. Estas reacções quando surgem têm, normalmente, um carácter moderado e passageiro.
As reacções mais frequentes são calores, irritabilidade, cansaço e dores de cabeça, e passam rapidamente, não sendo motivo para alarme. No caso de agravamento ou persistência dos sintomas, entre em contacto com o médico que acompanha o seu tratamento.
Em algumas situações mais raras (menos de 1% dos casos) pode ocorrer o Síndroma de Hiperestimulação Ovárica. Trata-se de uma reacção excessiva e potencialmente perigosa aos medicamentos utilizados na estimulação ovárica. Nestas situações há acumulação de fluidos e formação de quistos nos ovários. Os principais sintomas são: dor pélvica e/ou abdominal, náuseas, vómitos e falta de ar. Esta é uma reacção grave, que deve ser imediatamente comunicada ao médico assistente. Nos casos mais graves pode levar à interrupção do tratamento ou até a internamento hospitalar. Se o Síndroma de Hiperestimulação Ovárica ocorrer após a punção, não se faz a transferência e congelam-se os embriões obtidos, para utilizar posteriormente.