A Microinjecção Intracitoplasmática de Espermatozoides (ICSI - Intra Cytoplasmic Sperm Injection) consiste na colocação de um único espermatozóide no interior de um ovócito, originando assim um embrião.
A ICSI é indicada em casos de oligozoospermia grave (homens com poucos espermatozóides) ou de ausência de fecundação em FIV convencional.
Para realizar uma ICSI é necessário apenas um espermatozóide por óvulo. Já na FIV clássica são necessários entre 50.000 e 100.000 espermatozóides.
Uma vez obtidos, os embriões são transferidos para o útero da mulher para que se implantem e dêem origem a uma gravidez.
1. Controlo e estimulação dos ovários
Após a primeira consulta, e de segundo as indicações médicas, a mulher inicia o tratamento com medicamentos indutores da ovulação. Estes medicamentos são administrados por via injectável e vão estimular os ovários a produzir mais folículos que o habitual.
Através da realização periódica de ecografias e análises ao sangue, a equipa médica vai controlando o desenvolvimento dos folículos.
Quando os folículos já estão suficientemente desenvolvidos, é administrada uma injecção de outra hormona. Esta tem como função provocar a libertação dos ovócitos a partir dos ovários.
Nesta fase, o tempo tem um papel fundamental: a punção (recolha dos ovócitos) deverá ser realizada 35 a 36 horas após a administração da hormona. Sendo muito importante que sejam respeitadas as horas indicadas pelo ginecologista para administração das várias injecções de forma. De outra forma, todo o processo de tratamento poderá ser posto em causa.
Na Ferticentro temos especial cuidado com esta fase do processo. A nossa equipa acompanha os casais 24 horas, de modo a garantir que todas as dúvidas são esclarecidas e os medicamentos são administrados correctamente.
2. Punção
A punção é a operação de recolha dos ovócitos, feita com controlo ecográfico e sob sedação. A punção consiste na introdução de uma agulha fina na vagina, que irá permitir a recolha de ovócitos. Esta intervenção dura cerca de 15 minutos. A partir deste dia a mulher começa a aplicar progesterona (em comprimidos vaginais ou gel). Assim prepara-se o endométrio, para que a implantação dos embriões possa ser bem-sucedida.
No dia da punção, será pedido ao homem que recolha esperma na clínica, para que este possa ser utilizado no tratamento. Em alternativa, o homem poderá fazer a recolha antes da punção e o esperma poderá ser criopreservado e descongelado para a ICSI. Depois de recolhido é centrifugado a alta velocidade e sujeito a uma série de processos de tratamento. O objectivo é seleccionar os espermatozóides mais fortes e com melhor capacidade de fecundação. Nas situações em que não é possível a recolha de espermatozóides por masturbação, poder-se-á recorrer a uma biópsia testicular.
Posto isto, os ovócitos são transferidos para meios de cultura no laboratório, sendo tratados e microinjectados com um espermatozóide cada. Nos dias seguintes, a equipa laboratorial fará a monitorização do desenvolvimento embrionário. O objetivo é que estes cheguem ao 5º dia e atinjam o estado de “blastocisto”.
3. Transferência de embriões
Entre três a cinco dias após a fecundação, os embriões (normalmente um ou dois) são transferidos para o útero da mulher, não sendo necessária anestesia.
É recomendável que após a transferência de embriões a mulher evite esforços físicos intensos e, se possível, repouse pelo menos 3 dias.
A lei portuguesa define que se possam transferir no máximo dois embriões. No entanto, esta é sempre uma decisão clínica e cada caso terá de ser avaliado individualmente.
4. Criopreservação de embriões
Quanto aos embriões excedentários, estes podem:
Cabe ao casal a decisão sobre o seu destino - desde que respeitadas as condições previstas na lei.
Existe indicação para ICSI nos seguintes casos:
A ICSI também pode ser utilizada nos casos em que é necessário recorrer a esperma ou ovócitos de dadores.
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